Sei lá e pans

O título diz tudo.

Logo antes da pandemia me descobri hipertenso. Sentia tonturas e dores de cabeça no trabalho durante alguns meses, sem que melhorassem. Finalmente resolvi ir ao médico. Junto com o diagnóstico, descobri mais uma coisa que me afligia: Ansiedade.

Não que esse fosse um sentimento recente. Dese o acidente do Gol com o jato Legacy, ainda em 2006, tinha desenvolvido um pavor ferrenho em voar, perdendo boas oportunidades de férias. Vindo os filhos, me vi numa sinuca de bico: Crianças detestam viajar de carro. As minhas mal suportam longos trajetos dentro da cidade, quanto mais ficar 10, 12 horas em um carro fazendo road trips, ou pelo menos com esse nome eu me enganava de que não havia problema, e que viajar de carro era mais divertido. Não me leve a mal, adoro viajar de carro ainda, mas com crianças, o buraco é mais embaixo...

Enfim, voltando ao assunto, junto com o diagnóstico de hipertensão descobri a ansiedade com saúde. Não se encaixa com hipocondría, pois não me vejo viciado em doenças. De fato, qualquer dor-de-cabeça ou mal estar podem ativar em mim um estado de desespero que me deixa gelatinoso. Logo me imagino recebendo os mais terríveis diagnósticos, de câncer no cérebro, poucos dias de vida, ou uma longa e sofrida internação que botaria eu e meus familiares em frangalhos. Caramba, só de pensar nisso já me passa um arrepio pela pele.

De fato, trato o problema tanto com ansiolíticos quanto terapia a uns bons anos. Existem períodos bons e ruins. Felizmente, os bons tem prevalecido sobre os ruins em grande parte, mas quando os ruins aparecem...

O mais recente foi durante uma viagem de férias. Subitamente senti uma baita tontura. Ficar deitado era pior do que ficar em pé. Consegui gerenciar a situação até o dia seguinte, em que voltariamos para casa. Me vi constantemente tentando medir a pressão e os batimentos, em busca dos sinais que fatalmente marcariam meu fim. Graças a uma esposa, prevenida e compreensíva consegui esperar a consulta que ela tinha marcado para o próximo dia útil.

Na consulta, a médica me examina e olhava meus olhos com atenção, me girava a cabeça e acompanhava a direção em que meus olhos iam, pedia para eu acompanhar seu dedo somente com os olhos. Mesmo ela sendo otorrina, logo me imaginei recebendo o diagnóstico “é neurológico.” e logo eu teria um piripaque como o do Chaves.

Para o meu momentâneo relaxamento, a médica muito antenciosa disse tratar-se de pequenos cristais dentro do labirinto, no ouvido que haviam se deslocados. Cristais? Nem sabia que tinha isso lá dentro!

Enfim, ela disse que faria uma manobra, e que em 24 horas eu deveria experimentar alguma melhora. Saí de lá razoavelmente satisfeito, comentado com a minha esposa como minha ansiedade me pregava peças e como eu tive de usar todo o arsenal que minha terapeuta cognitiva-comportamental me havia passado para lidar com as crises: respirações profundas e a descrição em voz-alta de um objeto, tudo para me tirar do loop de pensamentos e tentar me trazer de volta para algo que possa ser classificado de “normalidade”

Enfim, aqui estou eu algumas horas depois já com minha ansiedade me comendo por dentro com o infâme “e se...?”. “E se eu não melhorar?”; “E se for algo mais grave?”, entre outras coisas.

Quem tem ansiedade sabe como é dificil lidar quando a crise bate. Tentamos racionalizar coisas óbvias, como “o avião é um dos meios de transportes mais seguros do mundo”. Ainda assim, nossa ansiedade sobe pela espinha, toma conta de nossos pensamentos, nos impede de viver o dia-a-dia, e ficamos antecipando algo que pode ou não ocorrer, e que na maioria das vezes está fora do nosso alcance. E como não tenho dinheiro para viajar de avião, isso normalmente bate forte em mim na saúde.

É quase cômico, se não fosse trágico se sentir desse jeito. Mesmo fazendo terapia e meus exercícios, muitas vezes me vejo perto de perder o controle, considerando sinceramente se devo ou não botar um alprazolam para dentro.

Enfim, se você se sente assim como eu, não deixe de fazer terapia. É um remédio demorado, e depende muito mais do nosso esforço do que qualquer coisa, e a verdade é que você nunca sabe se um dia vai conseguir deixar de fazer, mas, na minah experiência, tem sido vital para suportar o dia-a-dia nesse mundo cada vez mais odioso em que vivemos.

Assim, tento focar em coisas simples. Usar menos telas (o que é o mais díficil), e, quando estou nelas, tento focar no trabalho. Evito notícias, curtindo um JOMO (Joy Of Missing Out) ou seja, curtir estar por fora. as vezes me vejo lutando contra a ansiedade me entupindo de velhos episódios de podcast de humor, mas o que realmente resolve são atividades prazeirosas. Viajar com a família, mesmo tendo essa crise de equilíbrio, valeu a pena. Cuidar das crianças, encarar um hobby ou simplesmente cuidar da casa podem ser fontes de pequenos prazeres que te ajudam a encarar o dia-a-dia sem a sensação de que você está lutando para manter o controle.

As vezes me pergunto se um dia vou estar normal novamente, o que quer que isso signifique. Sinceramente não sei. Por mais difícil que seja, prefiro torcer pelo melhor.

Cuide-se você também.

#saude #saudemental #ansiedade #hipocondria #vida #reflexao

Uma nova versão dos arquivos source.list, no modelo chamado deb822 está em curso no #debian. Eu fiz recentemente a atualização em um Debian Trixie. Tudo teria dado certo, exceto pelo erro abaixo

Notice: Missing Signed-By in the sources.list(5) entry for 'http://deb.debian.org/debian'

Humm. teria eu feito algo de errado?

Resolvi dar uma olhada nos novos arquivos de source.list gerados, agora presentes em /etc/apt/sources.list.d/

Logo encontrei o erro no arquivo debian-backports.source:

# Modernized from /etc/apt/sources.list
Types: deb deb-src
URIs: http://deb.debian.org/debian/
Suites: trixie-backports
Components: main contrib non-free non-free-firmware
Signed-By: 

O campo Signed-By: havia ficado em branco. Ao fuçar um pouco no site do debian, achei isso, sugerindo que preenche o campo com /usr/share/keyrings/debian-archive-keyring.gpg

Feito isso e pans, problema resolvido :) vamos esperar que isso seja corrigido no modernize-sources antes do lançamento do Debian Trixie

#debian #apt #modernize-sources

Este sim, teria sido um bom título para a versão brasileira de C.H.U.D, o mais recente filme que assistimos pelo #monsterdon em vez do subtítuto “A Cidade das sombras”. Não é lá o pior subtítulo que já inventamos por aqui. Ah sim, aviso de SPOILERS daqui pra frente. Não muitos, mas alguns.

O filme em questão se refere a C.H.U.D como uma sigla para Cannibalistic humanoid underground dweller. O que não é lá totalmente verdade, como o filme explica mais a frente. Os seres são criados pelo lixo tóxíco e rejeitos nuclear despejados secretamente nos esgotos da cidade.

Daí somos apresentados aos protagonistas do filme. Um é um fotográfo bem cuzão com a namorada modelo, mas que tira fotos dos mendigos da cidade que se escondem em tuneis de metrô (esses, humanos normais), outro é um dos bandidos molhados de “Esqueceram de mim” interpretando um cara que organiza sopão para os mendigos, e o terceiro um capitão de polícia em busca da esposa desaparecida.

De longe, o melhor desses é o ator de esqueceram de mim, que está meio alucinado no papel, mas é o que mais convence. O fotografo cuzão entra na história ajudando a pagar a fiança de uma conhecida mendiga, e o capitão de polícia entra tentando descobrir porque as pessoas estão sumindo naquela região, incluindo sua esposa e porque a polícia não quer que os crimes sejam investigados.

Mendigo, mas invocado Mendigo, mas invocado

Não é lá um grande filme, mas mostra de alguma forma como mendigos são ignorados pelas pessoas, morando em buracos asquerosos que as pessoas esqueceram que existem, e como quem tenta ajuda-los pode ser achacado pelas autoridades (qualquer semelhança com a realidade e puro acaso, certo São Paulo?)

Enfim, esse é o ponto alto da crítica social que o filme tem, daí pra frente é ladeira abaixo! Logo os mutantes começam a puxar tudo o que pode servir de comida para os esgotos. Para mutantes canibais, eles até deixam muitos pedaços sem aproveitar. Talvez sejam muito específicos com o que querem comer, vai saber.

Capitão e o Bandido Molhado refletem sobre o sumiço de mendigos Capitão e o Bandido Molhado refletem sobre o sumiço de mendigos

As fantasias dos mostrengos são até boas. Unhas imensas, olhos que brilham, sangue verde e bocarras que são rasgos cheios de dentes. A trilha sonora e roupas exalam anos 80, datando bem o filme. A trilha sonora inclusive é uma loucura a parte, pirando toda vez que um dos mutantes aparecem. Não dá pra saber o que o músico queria, mas a sensaçã é que ele caiu de uma escada com todo o seu equipamento ligado.

Pronto para ouvir a palavra do CHUD? Pronto para ouvir a palavra do CHUD?

Pontos altos

  • História de origem de um dos bandidos molhados de Esqueceram de mim;
  • Bons monstros e efeitos práticos pra lá de razoáveis pra média do #monsterdon;
  • Uma pontinha de um John Goodman cheirando a leite perto do fim;

Pontos baixos

  • Trilha sonora é uma bagunça;
  • O Fotógrafo, um dos protagonistas fica meio perdido na história e é um baita cuzão com sua parceira;
  • Deixa gancho para uma continuação (que segundo a wikipedia, infelizmente existe)

C.H.U.D na wikipedia Classificação 40 no Rotten Tomatoes

#filme #monsterdon #CHUD #opiniao

Antes de mais nada, ao contrário dos filmes que normalmente posto aqui, essa é uma obra relativamente recente, então esses parágrafos abaixo podem conter spoilers.

Sabe como é vida em casal com três filhos. Dificilmente assistimos um filme, ainda mais juntos e de uma vez só. Minha ultima proeza foi finalmente ticar um item que já rondava minha nerdisse de ser um aspirante a jogador de RPG e assistir o filme do Dungeons e Dragons: Honra entre rebeldes. E não me refiro ao intragável filme dos anos 2000 ou suas continuações. Me refiro a este ultimo, de 2023 com o “Kirk da nova geração” Chris Pine.

elenco

Devo admitir que o filme estava em minha “lista” há algum tempo, mas nunca tinha animado. Parecia longo demais, engraçadalho demais. Enfim, tomei coragem e 3 dias depois terminei de assistir. não porque seja realmente tão longo. Como citado anteriormente, sou pai de três e ver filme em uma sentada só é um luxo que só me permite uma sala de cinema, quando muito.

Enfim, me diverti muito. A junção de fantasia medieval, grande golpe e humor funcionou bem. Não é o filme para quem não curte piadelas, e são muitas, espalhadas por todos os lados, desde a deliciosa fleuma golpista do personagem de Hugh Grant, a insegurança do mago a la Presto chegando até o grande dragão gordo, que apesar de perigoso, é tão pesado que mal consegue voar.

Conheço essa galera de algum lugar

É um filme que passa rápido, apesar das 2 horas e pouco de duração. Bons efeitos especiais, apesar de que alguns, principalmente quando tentáculos envolvem os personagens, ficarem bem evidentes como computação gráfica (ou assim me parecerem) é um filme ágil e leve, uma bom respiro de bom humor em um gênero que tem se levado a sério demais com “Guerra dos Tronos” ou “Aneis do Poder”. Não é um filme inesquecível, e aparentemente não vai iniciar uma franquia de filmes (o que por si só já é um alívio), mas é uma excelente diversão, tendo você assistido ou não “Caverna do Dragão”, inclusive com um pouco de fan service nesse sentido com um grupo suspeitamente parecido, exceto pela ausência da Uni.

Nesse sentido, filme é recheado de easter eggs para quem é ou foi jogador de D&D

Pontos positivos – Humor leve e ação constante – fan service com caverna do Dragão – o elenco parece se divertir no filme

Pontos negativos – As vezes parece que muita coisa acontece de uma só vez. – Esperava um embate final um pouco mais emocionante e sofrido entre os personagens e a vilã. – ando cansado de Chris Pine

Dungeons e Dragons: Honor among thieves na Wikipedia Classificação no Rotten Tomatoes

#filme #opinião #DandD #DandDHonorAmongThieves

Pois é, Frogs foi o filme de ontem do #monsterdon, que experiência. O filme inicia com um muitíssimo jovem Sam Elliot fotografando de canoa diversos animais em um lago, até ser praticamente “atropelado” por um casal de irmãos em uma lancha. Devo admitir que o velho Sam Elliot parece muito melho rhoje com seus bastos cabelo e bigodes brancos. Mas a voz característica já está ali.

Sam Elliot remando seu barquinho Sam Elliot remando seu barquinho

Dali conhecemos a família dos irmãos, que estão hospedados na casa do ricaço avô junto com um conjunto sortido de parentes e empregados. Nada muito promissor. O filme é lento, entremeado por por cenas com rãs e sapos que parecem ser material reaproveitado de algum documentário sobre repteis e anfíbios. Até a primeira morte passa-se uma lenta meia hora de filme. E não é como se estivesse ocorrendo um grande suspense, no terço final do filme, coadjuvantes desinteressantes vão morrendo das formas mais sem sentido possíveis, como o moleque que atira na própria perna, se enrosca em folhas de árvores é é atacado por diversas aranhas, ou a senhora caçadora de borboletas que afunda em um charco e é atacada por cobras. A única coisa realmente assustadora é o cara que é atacado por crocodilos, apesar de ele e o crocodilo rolarem muito na lama, como se estivessem curtindo.

Por favor, me levem daqui Minha carreira acaba aqui.

O filme tem um vibe ecológica, de que a natureza foi tão atacada pelo ricaço que está tentando dar o troco nele, mas a coisa é lenta e sem graça. Levando em conta o que Hitchcock fez com Passáros, fico curioso pra ver o que ele ia conseguir sacar daqui.

Pelo menos os ultimos dez minutos de filme conseguem dar alguma emoção com o mocinho, mocinha e crianças tentando escapar daquela área deserta e abandonada, sem sinais de outras pessoas vivas, e o vilão morrendo atacado por rãs (de fato, o único assassinato provocado pelos batráquios que dão nome ao filme). Não dá pra ter certeza de que o vilão realmente morreu, mas ele fica lá na casa dele coberto por rãs, o que me parece uma forma muito indigna de se morrer. Seria legal se tivesse uma rã mudante antropomórfica correndo atrás dos coadjuvantes com sede de sangue, mas acho que foi pedir demais para o módico orçamento desse filme.

Pontos altos: * Sam Elliot molhando o peito cabeludo na água * Crocodilos! * Moda anos 70

Pontos baixos: * Longo, lento e modorrento * Os sapos de fato não matam ninguém (apesar de parecerem suspeitamente conspiradores) * Muito material reaproveitado de documentários

#monsterdon #frogs1972

Esses dias mexendo com o pool ZFS na minha máquina, notei algo. De vez enquando, alguns HDs dão problema (sou quebrado, então são reaproveitados de discos descomissionados que iriam ser descartados). Normalmente bastaria fazer um zpool replace <nome do pool>/dev/<disco ruim> /dev/<disco novo>. Perfeito, tudo muito simples, mas tem um detalhe... E quando você não sabe o disco que quer substituir? Eu explico, obviamente, você quer trocar o disco defeituoso, mas nem sempre as informações do zpool status são tão claras quanto eu gostaria.

Por exemplo, olhe isso aqui:

  pool: dados
 state: DEGRADED
status: One or more devices is currently being resilvered.  The pool will
	continue to function, possibly in a degraded state.
action: Wait for the resilver to complete.
  scan: resilver in progress since Wed Feb 19 11:27:10 2025
	389G scanned at 862M/s, 34.8G issued at 77.2M/s, 389G total
	34.8G resilvered, 8.96% done, 01:18:15 to go
config:

	NAME                             STATE     READ WRITE CKSUM
	dados                            DEGRADED     0     0     0
	  mirror-0                       DEGRADED     0     0     0
	    replacing-0                  DEGRADED     0     0     0
	      16849396304634906415       UNAVAIL      0     0     0  was /dev/sda1
	      ata-ST32000644NS_9WM5X8TR  ONLINE       0     0     0  (resilvering)
	    sdb                          ONLINE       0     0     0

errors: No known data errors

Nesse caso, temos esse disco com esse identificador “16849396304634906415”. Como saber no fim das contas, qual disco é esse? Ele já foi /dev/sda1, mas como o meu lsblk mostra:

# lsblk 
NAME   MAJ:MIN RM   SIZE RO TYPE MOUNTPOINTS
sda      8:0    0 111,8G  0 disk 
sdb      8:16   0   1,8T  0 disk 
├─sdb1   8:17   0   1,8T  0 part 
└─sdb9   8:25   0     8M  0 part 
sdc      8:32   0 223,6G  0 disk 
├─sdc1   8:33   0   512M  0 part /boot/efi
├─sdc2   8:34   0 222,1G  0 part /
└─sdc3   8:35   0   976M  0 part [SWAP]
sdd      8:48   0   1,8T  0 disk 
├─sdd1   8:49   0   1,8T  0 part 
└─sdd9   8:57   0     8M  0 part 
sde      8:64   1     0B  0 disk

esse não é necessáriamente mais o caso, visto que meu pool usa discos de 1.8TB e o atual /dev/sda tem apenas 111,8GB.

Não me pergunte porque, mas essas coisas acontecem. Em todo caso, decidi tomar um novo caminho, a partir de agora, faço os pools a a partir que consta em /dev/disk/by-id

# ls -l /dev/disk/by-id/
total 0
lrwxrwxrwx 1 root root  9 fev 19 11:07 ata-KINGSTON_SUV300S37A240G_50026B72630171DA -> ../../sdc
lrwxrwxrwx 1 root root 10 fev 19 11:07 ata-KINGSTON_SUV300S37A240G_50026B72630171DA-part1 -> ../../sdc1
lrwxrwxrwx 1 root root 10 fev 19 11:07 ata-KINGSTON_SUV300S37A240G_50026B72630171DA-part2 -> ../../sdc2
lrwxrwxrwx 1 root root 10 fev 19 11:07 ata-KINGSTON_SUV300S37A240G_50026B72630171DA-part3 -> ../../sdc3
lrwxrwxrwx 1 root root  9 fev 19 11:07 ata-SATA_SSD_181210101001015 -> ../../sda
lrwxrwxrwx 1 root root  9 fev 19 11:27 ata-ST32000644NS_9WM5X8TR -> ../../sdd
lrwxrwxrwx 1 root root 10 fev 19 11:27 ata-ST32000644NS_9WM5X8TR-part1 -> ../../sdd1
lrwxrwxrwx 1 root root 10 fev 19 11:27 ata-ST32000644NS_9WM5X8TR-part9 -> ../../sdd9
lrwxrwxrwx 1 root root  9 fev 19 11:07 ata-ST32000644NS_9WM7KRXX -> ../../sdb
lrwxrwxrwx 1 root root 10 fev 19 11:07 ata-ST32000644NS_9WM7KRXX-part1 -> ../../sdb1
lrwxrwxrwx 1 root root 10 fev 19 11:07 ata-ST32000644NS_9WM7KRXX-part9 -> ../../sdb9
lrwxrwxrwx 1 root root  9 fev 19 11:07 usb-Multiple_Card_Reader_058F63666485-0:0 -> ../../sde
lrwxrwxrwx 1 root root  9 fev 19 11:07 wwn-0x5000000000000000 -> ../../sda
lrwxrwxrwx 1 root root  9 fev 19 11:27 wwn-0x5000c500353451fe -> ../../sdd
lrwxrwxrwx 1 root root 10 fev 19 11:27 wwn-0x5000c500353451fe-part1 -> ../../sdd1
lrwxrwxrwx 1 root root 10 fev 19 11:27 wwn-0x5000c500353451fe-part9 -> ../../sdd9
lrwxrwxrwx 1 root root  9 fev 19 11:07 wwn-0x5000c5003ec2f9c0 -> ../../sdb
lrwxrwxrwx 1 root root 10 fev 19 11:07 wwn-0x5000c5003ec2f9c0-part1 -> ../../sdb1
lrwxrwxrwx 1 root root 10 fev 19 11:07 wwn-0x5000c5003ec2f9c0-part9 -> ../../sdb9

Não que seja a coisa mais compreensível do mundo, mas pelo menos aí você pode usar o serial do disco (que normalmente vem estampado na etiqueta) para identificar qual disco você precisa trocar quando o seu pool der pau, aí fica muito mais simples. No meu caso, rodei: zpool replace dados 16849396304634906415 /dev/disk/by-id/ata-ST32000644NS_9WM5X8TR

e já sei que o disco 9wm5x8tr substitui o anterior que deu pau. Futuramente, pretendo adotar essa prática também para quando for criar um novo pool, ai evito essa incerteza de que, quando eventualmente o disco der pau (e vai dar) eu consigo saber qual devo trocar.

#zfs #debian

Ontem assistimos “Mestres do Universo” pelo #monsterdon. E se você tem mais de 30 anos, sabe que estou falando da versão live action de He-Man, com Dolph Lundgren, com um penteado no melhor estilo “Chitãozinho e Xororó” intepretando o heróis dos brinquedos e desenho animado.

Alias, como alguém apontou durante o filme, é curioso que o caminho trilhado por He-Man seja brinquedo –> quadrinhos –> desenho –> filme no cinema. Não que seja algo completamente incomum. Pelo menos Transformers seguiu pela mesma fórmula, mas é o caminho inverso de coisas tipo Guerra nas Estrelas (sim, sou desse tempo), etc.

Enfim, voltando ao assunto, o filme é sofrível. Dolph Lundgreen é mais conhecido pelo papel do lutador russo em algum filme do Rocky (desculpe, mas não sou profundo conhecedor dessa franquia) não é o mais verborrágico dos atores. Minha feliz escolha foi pegar a versão dublada pra assistir, cortesia do YouTube, que tem algumas vozes que eram originalmente do desenho e me pouparam um pouco da tosquisse. Vou poupa-los de falar sobre a trama, dando mais as minhas impressões ao reassistir esse “crássico”.

Os efeitos especiais, assim como o roteiro são bem simples. Pelo menos a maquiagem e alguns efeitos práticos são bem bacanas. Já o Esqueleto deixa a desejar. Como alguém disse, tinha muita carne naquele cara. Limitações da época, como o fato de substituirem o Gorpo por uma espécie de gnomo. Ambos falham em ser um alívio cômico, mas com certeza é mais fácil fantasiar um anão do que fazê-lo voar por aí e ter um rosto basicamente composto de olhos e cachecol. De fato, algumas coisas só funcionam em desenho animado, ainda mais na época.

Um Dolph Lundgreen vestido de He-Man ergue sua espada para cima, atrás dele há a silhueta do que parece ser um castelo de Grayskull muito diferente dos desenhos

Acho que o que fica de melhor no filme é a parte feminina, e não me refiro a namorada do mocinho, a Mônica de “Friends” que nessa época ainda era garçonete de um restaurante. Curiosamente, a Cristina Pickes, que faz a mãe dela em “Friends” tem um bico de Feiticeira nesse filme.

Gosto muito dessa versão da Teela do filme. Ela é mas cabeça-quente arrojada que nos quadrinhos, e com um figurino melhor, ainda que um collant de corpo inteiro não seja uma grande melhoria ao maiô original. A impulsividade que a atriz deu a personagem a torna mais divertida diante da pasmaceira com a qual Dolph Lundgreen solta suas falas e seu manejo simplório da espada. Fazendo um pequeno desvio aqui, me surpreende desde a primeira vez que assisti o quão pouco He-Man utiliza a sua espada, dando preferência as armas lasers.

Maligna também é um ponto positivo, apesar do figurino um tanto espalhafatoso, é uma boa adaptação da versão dos desenhos. É delicioso que no final (desculpe, não vou poupa-los de spoilers de um filme de 38 anos de idade), ao ver que a casa va cair pro lado do Esqueleto ela habilmente se manda antes do fim. Talvez os produtores quisessem deixar um gancho para uma continuação? Talvez os roteiristas só estivessem sendo fieis a personagem? Sei lá, mas curti.

Maligna ergue um misterioso instrumento, cercada por seus lacaios em um ferro velho na terra

E temos também o que é praticamente um desfile carnavalesco quando Esqueleto vem a Terra buscar He-Man, com direito a abre-alas e um belo carro alegórico. Isso na Sapucaí teria sido um grande sucesso. Fica a dica ai para os carnavalescos já começarem a negociar com a Hasbro.

Pontos positivos – Boa caracterização das personagens femininas – Efeitos de maquiagem bem razoáveis, levando em conta a época

Pontos negativos – Dolph Lundgreen em cosplay sem camisa de cantor sertanejo – Esquelo “Diva Dourada”

Ontem finalmente peguei um filme no #monsterdon que não consegui assistir até o final. Antes de mais nada, vamos tentar explicar o que é o #monsterdon. Todo o domingo as 23h (22h se o pessoal que organiza estiver em horário de verão) acontece este evento. A gente se reune e assiste um filme de monstros, com todo mundo iniciando ao mesmo tempo e postamos os comentários no mastodon sob #monsterdon. Maiores explicações podem ser obtidas em https://wiki.neuromatch.social/Monsterdon. Tem sido bem divertido participar disso com o pessoal lá no mastodon desde o inicio de 2024. Normalmente os filmes são sofríveis, daquele tipo “tão ruins que acabam ficando bons”, tipo “A Invasão das Aranhas Gigantes” de 1975 ou “Cadaver Atômico” de 1955. Alguns são clássicos como os filmes de Godzilla, ou pura chacota como “Mercenários das Galáxias” de 1980 e sua sensual e ardente nave com seios. Alguns poucos são genuinamente assustadores, como 'Nosferatu” de 1979 e o “Homem de Palha”, de 1973, isso só para citar algumas das obras que assisti e dei boas risadas com a galera. Mas nossa, o ultimo filme foi terrível. Levando em conta que escolhemos os filmes com votação, brinquei que essa foi a prova de que a democracia não funciona :D A obra em questão “A Invasão das Criaturas Estrelas”, de 1962 tem a proposta de ser uma cómedia em preto e branco, com varias piadas físicas e uma verborragia inspirada em irmãos Marx. O enredo é envolta de dois ineptos recrutas do exercíto americano (ah, a ironia) chefiados por um igualmente inepto coronel e seus oficiais enquanto investigam uma caverna, que se descobre habitada por homens planta (no que deve ter sido uma das fantasias de monstros mais ineptas do cinema) chefiadas por duas voluptuosas alienigenas usando algo que se assemelha a um bikini dos anos 50. Até a parte que consegui ver, estava recheado de piadas misóginas (na verdade, quase todos esses filmes tem uma grande dose de misoginia, como os produtos de seu tempo) e números de fuga que remetem a episódios do Scooby Doo. Como um grande fã de comédias, esse filme peca em um ponto fundamental para as comédias: não é engraçado. Espero que esse pequeno relato não lhe afaste de nosso evento dominical. Normalmente ele é bem divertido, especialmente pelos comentários. Recomendo que acompanhe!