Sei lá e pans

monsterdon

Exatamente! Neste ultimo domingo assistimos a mais um clássico de sessão da tarde pelo projeto #monsterdon. Eu, obviamente providenciei minha cópia dublada para assistir esse filme na dose certa de nostalgia!

poster em inglês do filme Infelizmente fui incapaz de encontrar o poster Brasileiro

Como sempre, segue o aviso de que podem haver spoilers!

O filme começa logo com uma vibe meio Guerra nas Estrelas, com o gigantesco castelo da Besta (aparentemente, esse aí é o nome do vilão) aterrisa para arrepiar o povo do planeta Krull. Por alguma razão, Besta (é dificil levar esse nome a sério) acha que tem alguma vantagem se casar com a princesa ruiva local, que já estava na cerimônia de casamento. Talvez o fato de ela produzir uma pequena chama na mão seja importante demais para ele.

Enquanto o asqueroso vilão tenta convencer nossa donzela em perigo da vez, o audacioso agora-rei, Colwyn (visto que todo mundo no castelo morreu durante o rapto da princesa precisa seguir as orientações do velho Ynyr para resgatar sua amada.

Ok, não parece lá uma grande sinopse, mas o filme é bem menos ruim do que a média de filmes que assistimos no monsterdon, e isso nem pode ser atribuído a nostalgia, já que eu me lembrava muito pouco do filme.

Temos uma arma interessante, o Glaive, na versão brasileira traduzido como Gládio que só pode ser usada na hora certa. Me lembra aquelas armas ou mesmo o robô gigante típico dos seriados japoneses de super-sentai que eles só usam no final. A arma é uma espécie de estrela-bumerangue de 5 lâminas retráteis que pode ser controlada meio que por telecinésia pelo dono

Colwyn com o Glaive Rapaz, como não se cortar com isso?

Além disso temos uma ótima trupe de coadjuvantes, como uma espécie de mago-druida bem mal-humorado e meio inepto. Um ciclope, que não teria feito menos em “Furia de Titãs”, uma trupe de animados ladrões, um deles um tal de Liam Neeson. Todos muito animados e com alívios cômicos. E como dita a misoginia da época, não há mulheres. Alias, elas só causam problemas, como a viuva negra e a aldeã tomada pela besta para matar Colwyn.

Os efeitos especiais, apesar de datados, ainda divertem. Muita coisa foi claramente filmada em um soundstage e algumas truques de câmera são bem pouco convincentes, mas a maquiagem e os efeitos práticos são ótimos. Temos aqui a volta de um clássico dessa época, a temida areia movediça que povoou os pesadelos de muitas crianças depois de “História sem fim”

Areia movediça a clássica cena da areia movediça!

Enfim, apesar de não ter conseguido acompanhar os ótimos comentários do monsterdon em tempo real com o filme, ainda assim foi uma experiência muito divertida. E apesar do final “e viveram felizes para sempre”, basta dizer que o grupo que restou no final foi bem reduzido, e que não pouparam matar integrantes do grupo dos heróis.

Pontos altos

  • um filme realmente divertido
  • uma arma interessante
  • bons efeitos práticos e maquiagem

Pontos fracos

  • Alguns personagens são irritantemente canastrões
  • praticamente não há personagens femininas
  • Efeitos visuais datados podem desagradar alguns

Uma boa diversão da safra de 1983

Krull tem 52% no pipocometro do Rotten Tomatoes Artigo do filme na Wikipedia

#monsterdon #krull #filme

Poucos filmes são tão dignos do título rídiculo desse post quanto Laserblast, um daqueles filmes que deve ter sido um clássico a tarde em algum canal esquecido da TV, se é que alguém se deu ao trabalho de dubla-lo. Provavelmente alguém teve, pois ele tem o pouco inspirado nome de Alienígenas na Terra.

—==SPOILERS==—

O filme, cujos os primeiros diálogos só começam lá pelos 10 minutos de filme é sobre uma espécie de arma laser que só atira se o seu usuários também estiver usando um colar alienígena bem brega. Aparentemente o tal colar é uma bateria ou coisa que o valha. Após derrotar uma espécie e zumbi, uns alienígenas que mais parecem tartarugas sem casco acabam indo embora e deixando a arma para trás.

uma tartaruga alienígena sem casco atrás de uma estrutura metálica segurando uma arma Que tartaruga ninja o que? O meu nome é Zé Alien!

A arma é encontrada por um adolescente incapaz de usar uma camisa sem que esteja aberta. Para sua infelicidade, ao usar a arma e o colar ele também acaba se tornando uma espécie de zumbi de cara verde, que ataca seus desafetos durante a noite.

Obviamente ele não é o único atrás da arma, também temos alguma espécie de agente governamental, cujo o trabalho e desfilar com ternos e pasta, sem parecer estar fazendo nada muito específico.

O filme é terrível em quase todos os apectos possíveis. Temos péssimos efeitos especiais, péssimos personagens, péssima trama e péssimos atores. Felizmente, os diálogos são relativamente escarços, mas igualmente insignificantes durante o decurso do filme. Eu me pergunto qual foi o pitch utilizado para financiar uma coisa dessas

um adolescente caminha em uma estrada de terra, cercada por uma vegetação de arbustos com uma estranha arma encaixada no braço Graaaah

Perto do fim, nosso protagonista de peito desnudo inicia uma sessão de destruição da cidade (o que é estranho, pois antes o cenário era basicamente deserto. Imagino que devam ter reaproveitado algum cenário que estava dando sopa nos classificados) com seu laser, acompanhado de algo que só pode ser chamado de dança contemporãnea, já que a cada disparo ele inicia uma sequencia de remelexos e sacudidelas.

No fim, o mundo é salvo pelas misteriosas tartarugas em casco, enquanto a namorada tenta restaurar o caído protagonista, acompanhando pelo bacana de terno do governo, do qual nunca sabemos qual serão as verdadeiras intenções. Curto histórias que deixam o final aberto, deixando ao espectador decidir e imaginar o destino dos personagens. Não é o caso nesse filme, parece que o diretor simplesmente gritou “corta” e o editor encaixou os créditos, antes que tivesse que lidar com esse desastre mais uma vez.

Pontos altos

  • Não é um filme longo
  • o chefe das tartarugas espaciais tem um belo amuleto de fazer inveja a qualquer rapper

    Pontos baixos

  • Uau, se eu fosse fazer essa lista, o que eu esqueceria de elencar? Coloque o filme inteiro aqui!

Enfim, assista com um grupo de amigos para zoar, é a unica forma de aproveitar esse filme

Laserblast tem 15% no popcorn meter do Rotten Tomatoes

Assista Laserblast no Internet Archive

#monsterdon #laserblast

No ultimo #monsterdon assistimos mais um filme britânico de terror dos anos 50/60. Depois das experiências de assistir filmes como “Devil Girl from Mars” e “Stranger from Venus” eu meio que me acostumei a esperar filmes lentos e em que o monstro demora a aparecer. “Cat Girl” não é exceção a regra, infelizmente. Como de costume, fica o alerta de spoilers daqui pra frente. Neste filme, a protagonista (Leonora) volta para a casa ancestral de sua infância, onde seu tio mora para receber sua herança, o que incluí uma maldição, ser possuida pelo espirito de um leopardo.

Como é que é o negócio?

Pois é, dinheiro, uma bela casinha, muitas bugigangas e ser possuído por um grande gato, o pacote completo. Eu me pergunto porque uma família ancestral inglesa seria possuida pelo espirito de um leopardo. Não me lembro, mas acho que esse animal não seja nativo das ilhas britânicas. Vai ver foi algum item ~roubado~ adquirido para fins de pesquisa arqueológica da mãos de nativos barbáros que tenha trazido de bônus essa maldição.

Enfim, Leonora é acompanhanda por uma entourage que incluí seu marido, que a traí com a melhor amiga, e mais um cara, que eu não sei se é corno da melhor amiga, mas que é um baita beberrão que adora um piano. Felizmente, assim que Leonora adquire sua maldição, um das primeiras vítimas é o marido.

Leonora mãos de pantera Aparentemente, isso era para serem mãos humanas se transformando em patas de leopardo. Só nos anos 80 vamos ter algo como manimal

A partir daí, quando a gente se empolga com esse primeiro ataque e belas cenas do leopardo, a coisa anda devagar. Leonora é apaixonada por um psiquiatra, amigo de infância que já está em um casamento, e que tem um método de tratamento psiquiatrico invejável. Ele sacode a pobre Leonora, talvez na esperança de que seus supostos problemas psiquiatricos de estar se achando possuída por um espirito felino possam ser afastados com algumas sacudidelas e um eventual tapa. Enfim, a misoginia do fim dos anos 50.

Leonora e um passaro na gaiola Leonora, comer o pet dos anfitriões pode tornar você mal-vista na rígida sociedade britânica

Após seu “amigão” psiquiatra sugerir uma internação no manicômio, onde temos uma sensacional cena de transformação, que ~faria inveja~ com direito a uma quase fantasia furry de pantera (peraí, não era espirito de leopardo?) Leonora é convencida pelo mesmo para ficar na casa dele, vivendo em Londrees em companhia dele e sua esposa.

Obviamente, Leonora nesse ponto já abraçou a maldição e resolve, por que não?Matar a esposa do amigo, que ela sente ser uma rival. Não vou me dar ao trabalho de explicar o filme tim-tim-por-tim-tim, acredito que voce também deve passar por esse saudável sofrimento, como eu, mas posso dizer que em quesito de filme, já tive cochilos na rede mais animados.

Enfim, não restou muito o que dilapidar nesse filme, então vamos as conclusões

Pontos altos

  • Um belo figurino
  • Dá pra notar a mudança na protagonista, conforme ela aceita a sua maldição

Pontos baixos

  • Lento. É como se o tempo tivesse pés de chumbo e andasse engatinhando
  • A misoginia reina solta

Cat Girl tem 14% no popcorn meter do rotten tomatoes

#monsterdon #CatGirl

Não, esse não é um título do extinto Notícias Populares ou de algum outro tablóide de pseudo-notícias, mas é o meu sucinto resumo para o filme de ontem do monsterdon: “Yeti: Gigante do Século 20”. Este sim, de fato uma produção global: Filme italiano, filmado no Canadá, (mal) dublado em inglês e, no meu caso, com legendas em português.

Poster do filme

Como sempre, fica o aviso de que vão haver spoilers apesar de estarmos falando de um filme de 1977.

Em fim, o filme conta a história de uma expedição patrocinada por um magnata bonachão (talvez o precursos de bilionários) que financia uma expedição para estudar uma criatura humanoide gigante encontrada congelada em um bloco de gelo.

E ainda não chegamos na parte pseudo-científica ainda! A criatura, chamada de Yeti pelo professor que chefia a expedição é encontrada em um bloco de gelo na costa ártica do Canadá. É tomado todo o cuidado para reviver a criatura, que segundo o professor está acostumada a um clima mais próximo do Himalaia. O Engraçado é que pra uma expedição científica a um bocado de gente avulsa participando.

Acompanhando o professor, temos os irmãos Herbie e Jane, criados pelo avô ou tio milionário (confesso que não prestei tanta atenção nessa relação de parentalidade). Herbie se tornou mudo após ficarem orfãos, e, por incrível que pareça, ele realmente não recupera a voz em momento algum do filme. Eu achava que isso ia ser um baita Pistola de Chekhov. Sei lá, talvez o ator fosse mudo mesmo ou tenham esquecido isso durante a produção...

nas mãos do Yeti

A partir daí temos um espetáculo de efeitos especiais práticos, que certamente foram inspirados em muitos filmes de Godzilla. Desde o simpático helicoptero de brinquedo de controle remoto, trechos com velocidade aumentada ou mesmo revertidos, péssimas pinturas matte em cenários e uma roupa peluda. O maior destaque é para o mamilo inflável do Yeti

mamilo vazio

mamilo cheio

O Yeti é realmente a estrela do filme, desde os rugidos raivosos a cara de inocente, as viradas para olhar para trás à lá garota coppertone e até a incrivel cuspida mágica, que revive a Lassie genérica do filme (o que melhorou um pouco minha opinião sobre o filme, já que a violência gratuita que o animal sofreu de um vilão foi revoltante). Inclusive, o Yeti deve ser uma criatura realmente mágica, pois o tamanho dele é inconsistente durante todo o filme. As vezes parece tão grande quanto o King Kong, as vezes consegue ficar de pé dentro de um armazem. Tudo bem, é tudo grande, mas é surpreendente como esse gigante peludo consegue rapidamente se esconder quando o roteiro assim torna necessário.

![yeti com olhar perdido] (https://media.hachyderm.io/cache/media_attachments/files/114/175/472/896/611/079/original/082a13733f0741e7.png) “Yeti ou Jesus?”

E como não bastasse a trilha sonora que varia entre o grandioso (teve até uma música original “Yeti”, cantada pelo grupo “Os Yetians”), ao mediocre, beirando o soft-porn, o que combina com vários takes em que mostram o Yeti de costas, com as pernas abertas, em que ele parece querer chocar a tradicional família franco-canadense com suas peludas partes pudendas.

yeti posa coppertone “Só faltou o cachorro puxando a sunga de texugo” Enfim, no quesito filme horroroso, é diversão garantida

Pontos altos

  • Mamilos do Yeti;
  • A atriz principal é realmente bonita;
  • Filme leve e divertido;

Pontos baixos

  • Qual é a dos vilões?
  • Trilha sonora sofrível;
  • Policia de Toronto só tem dois carros amarelos, suspeito que sejam taxis reaproveitados;
  • Podem se decidir em qual a altura do Yeti?

carro de polícia amarelo “Para servir e proteger, com o taximetro rodando!”

Yeti no IMDB 19% no popcorn meter do Rotten Tomatoes

#monsterdon #Yeti

Este sim, teria sido um bom título para a versão brasileira de C.H.U.D, o mais recente filme que assistimos pelo #monsterdon em vez do subtítuto “A Cidade das sombras”. Não é lá o pior subtítulo que já inventamos por aqui. Ah sim, aviso de SPOILERS daqui pra frente. Não muitos, mas alguns.

O filme em questão se refere a C.H.U.D como uma sigla para Cannibalistic humanoid underground dweller. O que não é lá totalmente verdade, como o filme explica mais a frente. Os seres são criados pelo lixo tóxíco e rejeitos nuclear despejados secretamente nos esgotos da cidade.

Daí somos apresentados aos protagonistas do filme. Um é um fotográfo bem cuzão com a namorada modelo, mas que tira fotos dos mendigos da cidade que se escondem em tuneis de metrô (esses, humanos normais), outro é um dos bandidos molhados de “Esqueceram de mim” interpretando um cara que organiza sopão para os mendigos, e o terceiro um capitão de polícia em busca da esposa desaparecida.

De longe, o melhor desses é o ator de esqueceram de mim, que está meio alucinado no papel, mas é o que mais convence. O fotografo cuzão entra na história ajudando a pagar a fiança de uma conhecida mendiga, e o capitão de polícia entra tentando descobrir porque as pessoas estão sumindo naquela região, incluindo sua esposa e porque a polícia não quer que os crimes sejam investigados.

Mendigo, mas invocado Mendigo, mas invocado

Não é lá um grande filme, mas mostra de alguma forma como mendigos são ignorados pelas pessoas, morando em buracos asquerosos que as pessoas esqueceram que existem, e como quem tenta ajuda-los pode ser achacado pelas autoridades (qualquer semelhança com a realidade e puro acaso, certo São Paulo?)

Enfim, esse é o ponto alto da crítica social que o filme tem, daí pra frente é ladeira abaixo! Logo os mutantes começam a puxar tudo o que pode servir de comida para os esgotos. Para mutantes canibais, eles até deixam muitos pedaços sem aproveitar. Talvez sejam muito específicos com o que querem comer, vai saber.

Capitão e o Bandido Molhado refletem sobre o sumiço de mendigos Capitão e o Bandido Molhado refletem sobre o sumiço de mendigos

As fantasias dos mostrengos são até boas. Unhas imensas, olhos que brilham, sangue verde e bocarras que são rasgos cheios de dentes. A trilha sonora e roupas exalam anos 80, datando bem o filme. A trilha sonora inclusive é uma loucura a parte, pirando toda vez que um dos mutantes aparecem. Não dá pra saber o que o músico queria, mas a sensaçã é que ele caiu de uma escada com todo o seu equipamento ligado.

Pronto para ouvir a palavra do CHUD? Pronto para ouvir a palavra do CHUD?

Pontos altos

  • História de origem de um dos bandidos molhados de Esqueceram de mim;
  • Bons monstros e efeitos práticos pra lá de razoáveis pra média do #monsterdon;
  • Uma pontinha de um John Goodman cheirando a leite perto do fim;

Pontos baixos

  • Trilha sonora é uma bagunça;
  • O Fotógrafo, um dos protagonistas fica meio perdido na história e é um baita cuzão com sua parceira;
  • Deixa gancho para uma continuação (que segundo a wikipedia, infelizmente existe)

C.H.U.D na wikipedia Classificação 40 no Rotten Tomatoes

#filme #monsterdon #CHUD #opiniao

Pois é, Frogs foi o filme de ontem do #monsterdon, que experiência. O filme inicia com um muitíssimo jovem Sam Elliot fotografando de canoa diversos animais em um lago, até ser praticamente “atropelado” por um casal de irmãos em uma lancha. Devo admitir que o velho Sam Elliot parece muito melho rhoje com seus bastos cabelo e bigodes brancos. Mas a voz característica já está ali.

Sam Elliot remando seu barquinho Sam Elliot remando seu barquinho

Dali conhecemos a família dos irmãos, que estão hospedados na casa do ricaço avô junto com um conjunto sortido de parentes e empregados. Nada muito promissor. O filme é lento, entremeado por por cenas com rãs e sapos que parecem ser material reaproveitado de algum documentário sobre repteis e anfíbios. Até a primeira morte passa-se uma lenta meia hora de filme. E não é como se estivesse ocorrendo um grande suspense, no terço final do filme, coadjuvantes desinteressantes vão morrendo das formas mais sem sentido possíveis, como o moleque que atira na própria perna, se enrosca em folhas de árvores é é atacado por diversas aranhas, ou a senhora caçadora de borboletas que afunda em um charco e é atacada por cobras. A única coisa realmente assustadora é o cara que é atacado por crocodilos, apesar de ele e o crocodilo rolarem muito na lama, como se estivessem curtindo.

Por favor, me levem daqui Minha carreira acaba aqui.

O filme tem um vibe ecológica, de que a natureza foi tão atacada pelo ricaço que está tentando dar o troco nele, mas a coisa é lenta e sem graça. Levando em conta o que Hitchcock fez com Passáros, fico curioso pra ver o que ele ia conseguir sacar daqui.

Pelo menos os ultimos dez minutos de filme conseguem dar alguma emoção com o mocinho, mocinha e crianças tentando escapar daquela área deserta e abandonada, sem sinais de outras pessoas vivas, e o vilão morrendo atacado por rãs (de fato, o único assassinato provocado pelos batráquios que dão nome ao filme). Não dá pra ter certeza de que o vilão realmente morreu, mas ele fica lá na casa dele coberto por rãs, o que me parece uma forma muito indigna de se morrer. Seria legal se tivesse uma rã mudante antropomórfica correndo atrás dos coadjuvantes com sede de sangue, mas acho que foi pedir demais para o módico orçamento desse filme.

Pontos altos: * Sam Elliot molhando o peito cabeludo na água * Crocodilos! * Moda anos 70

Pontos baixos: * Longo, lento e modorrento * Os sapos de fato não matam ninguém (apesar de parecerem suspeitamente conspiradores) * Muito material reaproveitado de documentários

#monsterdon #frogs1972

Ontem assistimos “Mestres do Universo” pelo #monsterdon. E se você tem mais de 30 anos, sabe que estou falando da versão live action de He-Man, com Dolph Lundgren, com um penteado no melhor estilo “Chitãozinho e Xororó” intepretando o heróis dos brinquedos e desenho animado.

Alias, como alguém apontou durante o filme, é curioso que o caminho trilhado por He-Man seja brinquedo –> quadrinhos –> desenho –> filme no cinema. Não que seja algo completamente incomum. Pelo menos Transformers seguiu pela mesma fórmula, mas é o caminho inverso de coisas tipo Guerra nas Estrelas (sim, sou desse tempo), etc.

Enfim, voltando ao assunto, o filme é sofrível. Dolph Lundgreen é mais conhecido pelo papel do lutador russo em algum filme do Rocky (desculpe, mas não sou profundo conhecedor dessa franquia) não é o mais verborrágico dos atores. Minha feliz escolha foi pegar a versão dublada pra assistir, cortesia do YouTube, que tem algumas vozes que eram originalmente do desenho e me pouparam um pouco da tosquisse. Vou poupa-los de falar sobre a trama, dando mais as minhas impressões ao reassistir esse “crássico”.

Os efeitos especiais, assim como o roteiro são bem simples. Pelo menos a maquiagem e alguns efeitos práticos são bem bacanas. Já o Esqueleto deixa a desejar. Como alguém disse, tinha muita carne naquele cara. Limitações da época, como o fato de substituirem o Gorpo por uma espécie de gnomo. Ambos falham em ser um alívio cômico, mas com certeza é mais fácil fantasiar um anão do que fazê-lo voar por aí e ter um rosto basicamente composto de olhos e cachecol. De fato, algumas coisas só funcionam em desenho animado, ainda mais na época.

Um Dolph Lundgreen vestido de He-Man ergue sua espada para cima, atrás dele há a silhueta do que parece ser um castelo de Grayskull muito diferente dos desenhos

Acho que o que fica de melhor no filme é a parte feminina, e não me refiro a namorada do mocinho, a Mônica de “Friends” que nessa época ainda era garçonete de um restaurante. Curiosamente, a Cristina Pickes, que faz a mãe dela em “Friends” tem um bico de Feiticeira nesse filme.

Gosto muito dessa versão da Teela do filme. Ela é mas cabeça-quente arrojada que nos quadrinhos, e com um figurino melhor, ainda que um collant de corpo inteiro não seja uma grande melhoria ao maiô original. A impulsividade que a atriz deu a personagem a torna mais divertida diante da pasmaceira com a qual Dolph Lundgreen solta suas falas e seu manejo simplório da espada. Fazendo um pequeno desvio aqui, me surpreende desde a primeira vez que assisti o quão pouco He-Man utiliza a sua espada, dando preferência as armas lasers.

Maligna também é um ponto positivo, apesar do figurino um tanto espalhafatoso, é uma boa adaptação da versão dos desenhos. É delicioso que no final (desculpe, não vou poupa-los de spoilers de um filme de 38 anos de idade), ao ver que a casa va cair pro lado do Esqueleto ela habilmente se manda antes do fim. Talvez os produtores quisessem deixar um gancho para uma continuação? Talvez os roteiristas só estivessem sendo fieis a personagem? Sei lá, mas curti.

Maligna ergue um misterioso instrumento, cercada por seus lacaios em um ferro velho na terra

E temos também o que é praticamente um desfile carnavalesco quando Esqueleto vem a Terra buscar He-Man, com direito a abre-alas e um belo carro alegórico. Isso na Sapucaí teria sido um grande sucesso. Fica a dica ai para os carnavalescos já começarem a negociar com a Hasbro.

Pontos positivos – Boa caracterização das personagens femininas – Efeitos de maquiagem bem razoáveis, levando em conta a época

Pontos negativos – Dolph Lundgreen em cosplay sem camisa de cantor sertanejo – Esquelo “Diva Dourada”

Ontem finalmente peguei um filme no #monsterdon que não consegui assistir até o final. Antes de mais nada, vamos tentar explicar o que é o #monsterdon. Todo o domingo as 23h (22h se o pessoal que organiza estiver em horário de verão) acontece este evento. A gente se reune e assiste um filme de monstros, com todo mundo iniciando ao mesmo tempo e postamos os comentários no mastodon sob #monsterdon. Maiores explicações podem ser obtidas em https://wiki.neuromatch.social/Monsterdon. Tem sido bem divertido participar disso com o pessoal lá no mastodon desde o inicio de 2024. Normalmente os filmes são sofríveis, daquele tipo “tão ruins que acabam ficando bons”, tipo “A Invasão das Aranhas Gigantes” de 1975 ou “Cadaver Atômico” de 1955. Alguns são clássicos como os filmes de Godzilla, ou pura chacota como “Mercenários das Galáxias” de 1980 e sua sensual e ardente nave com seios. Alguns poucos são genuinamente assustadores, como 'Nosferatu” de 1979 e o “Homem de Palha”, de 1973, isso só para citar algumas das obras que assisti e dei boas risadas com a galera. Mas nossa, o ultimo filme foi terrível. Levando em conta que escolhemos os filmes com votação, brinquei que essa foi a prova de que a democracia não funciona :D A obra em questão “A Invasão das Criaturas Estrelas”, de 1962 tem a proposta de ser uma cómedia em preto e branco, com varias piadas físicas e uma verborragia inspirada em irmãos Marx. O enredo é envolta de dois ineptos recrutas do exercíto americano (ah, a ironia) chefiados por um igualmente inepto coronel e seus oficiais enquanto investigam uma caverna, que se descobre habitada por homens planta (no que deve ter sido uma das fantasias de monstros mais ineptas do cinema) chefiadas por duas voluptuosas alienigenas usando algo que se assemelha a um bikini dos anos 50. Até a parte que consegui ver, estava recheado de piadas misóginas (na verdade, quase todos esses filmes tem uma grande dose de misoginia, como os produtos de seu tempo) e números de fuga que remetem a episódios do Scooby Doo. Como um grande fã de comédias, esse filme peca em um ponto fundamental para as comédias: não é engraçado. Espero que esse pequeno relato não lhe afaste de nosso evento dominical. Normalmente ele é bem divertido, especialmente pelos comentários. Recomendo que acompanhe!