Sei lá e pans

Yeti

Não, esse não é um título do extinto Notícias Populares ou de algum outro tablóide de pseudo-notícias, mas é o meu sucinto resumo para o filme de ontem do monsterdon: “Yeti: Gigante do Século 20”. Este sim, de fato uma produção global: Filme italiano, filmado no Canadá, (mal) dublado em inglês e, no meu caso, com legendas em português.

Poster do filme

Como sempre, fica o aviso de que vão haver spoilers apesar de estarmos falando de um filme de 1977.

Em fim, o filme conta a história de uma expedição patrocinada por um magnata bonachão (talvez o precursos de bilionários) que financia uma expedição para estudar uma criatura humanoide gigante encontrada congelada em um bloco de gelo.

E ainda não chegamos na parte pseudo-científica ainda! A criatura, chamada de Yeti pelo professor que chefia a expedição é encontrada em um bloco de gelo na costa ártica do Canadá. É tomado todo o cuidado para reviver a criatura, que segundo o professor está acostumada a um clima mais próximo do Himalaia. O Engraçado é que pra uma expedição científica a um bocado de gente avulsa participando.

Acompanhando o professor, temos os irmãos Herbie e Jane, criados pelo avô ou tio milionário (confesso que não prestei tanta atenção nessa relação de parentalidade). Herbie se tornou mudo após ficarem orfãos, e, por incrível que pareça, ele realmente não recupera a voz em momento algum do filme. Eu achava que isso ia ser um baita Pistola de Chekhov. Sei lá, talvez o ator fosse mudo mesmo ou tenham esquecido isso durante a produção...

nas mãos do Yeti

A partir daí temos um espetáculo de efeitos especiais práticos, que certamente foram inspirados em muitos filmes de Godzilla. Desde o simpático helicoptero de brinquedo de controle remoto, trechos com velocidade aumentada ou mesmo revertidos, péssimas pinturas matte em cenários e uma roupa peluda. O maior destaque é para o mamilo inflável do Yeti

mamilo vazio

mamilo cheio

O Yeti é realmente a estrela do filme, desde os rugidos raivosos a cara de inocente, as viradas para olhar para trás à lá garota coppertone e até a incrivel cuspida mágica, que revive a Lassie genérica do filme (o que melhorou um pouco minha opinião sobre o filme, já que a violência gratuita que o animal sofreu de um vilão foi revoltante). Inclusive, o Yeti deve ser uma criatura realmente mágica, pois o tamanho dele é inconsistente durante todo o filme. As vezes parece tão grande quanto o King Kong, as vezes consegue ficar de pé dentro de um armazem. Tudo bem, é tudo grande, mas é surpreendente como esse gigante peludo consegue rapidamente se esconder quando o roteiro assim torna necessário.

![yeti com olhar perdido] (https://media.hachyderm.io/cache/media_attachments/files/114/175/472/896/611/079/original/082a13733f0741e7.png) “Yeti ou Jesus?”

E como não bastasse a trilha sonora que varia entre o grandioso (teve até uma música original “Yeti”, cantada pelo grupo “Os Yetians”), ao mediocre, beirando o soft-porn, o que combina com vários takes em que mostram o Yeti de costas, com as pernas abertas, em que ele parece querer chocar a tradicional família franco-canadense com suas peludas partes pudendas.

yeti posa coppertone “Só faltou o cachorro puxando a sunga de texugo” Enfim, no quesito filme horroroso, é diversão garantida

Pontos altos

  • Mamilos do Yeti;
  • A atriz principal é realmente bonita;
  • Filme leve e divertido;

Pontos baixos

  • Qual é a dos vilões?
  • Trilha sonora sofrível;
  • Policia de Toronto só tem dois carros amarelos, suspeito que sejam taxis reaproveitados;
  • Podem se decidir em qual a altura do Yeti?

carro de polícia amarelo “Para servir e proteger, com o taximetro rodando!”

Yeti no IMDB 19% no popcorn meter do Rotten Tomatoes

#monsterdon #Yeti