Sei lá e pans

O título diz tudo.

Exatamente! Neste ultimo domingo assistimos a mais um clássico de sessão da tarde pelo projeto #monsterdon. Eu, obviamente providenciei minha cópia dublada para assistir esse filme na dose certa de nostalgia!

poster em inglês do filme Infelizmente fui incapaz de encontrar o poster Brasileiro

Como sempre, segue o aviso de que podem haver spoilers!

O filme começa logo com uma vibe meio Guerra nas Estrelas, com o gigantesco castelo da Besta (aparentemente, esse aí é o nome do vilão) aterrisa para arrepiar o povo do planeta Krull. Por alguma razão, Besta (é dificil levar esse nome a sério) acha que tem alguma vantagem se casar com a princesa ruiva local, que já estava na cerimônia de casamento. Talvez o fato de ela produzir uma pequena chama na mão seja importante demais para ele.

Enquanto o asqueroso vilão tenta convencer nossa donzela em perigo da vez, o audacioso agora-rei, Colwyn (visto que todo mundo no castelo morreu durante o rapto da princesa precisa seguir as orientações do velho Ynyr para resgatar sua amada.

Ok, não parece lá uma grande sinopse, mas o filme é bem menos ruim do que a média de filmes que assistimos no monsterdon, e isso nem pode ser atribuído a nostalgia, já que eu me lembrava muito pouco do filme.

Temos uma arma interessante, o Glaive, na versão brasileira traduzido como Gládio que só pode ser usada na hora certa. Me lembra aquelas armas ou mesmo o robô gigante típico dos seriados japoneses de super-sentai que eles só usam no final. A arma é uma espécie de estrela-bumerangue de 5 lâminas retráteis que pode ser controlada meio que por telecinésia pelo dono

Colwyn com o Glaive Rapaz, como não se cortar com isso?

Além disso temos uma ótima trupe de coadjuvantes, como uma espécie de mago-druida bem mal-humorado e meio inepto. Um ciclope, que não teria feito menos em “Furia de Titãs”, uma trupe de animados ladrões, um deles um tal de Liam Neeson. Todos muito animados e com alívios cômicos. E como dita a misoginia da época, não há mulheres. Alias, elas só causam problemas, como a viuva negra e a aldeã tomada pela besta para matar Colwyn.

Os efeitos especiais, apesar de datados, ainda divertem. Muita coisa foi claramente filmada em um soundstage e algumas truques de câmera são bem pouco convincentes, mas a maquiagem e os efeitos práticos são ótimos. Temos aqui a volta de um clássico dessa época, a temida areia movediça que povoou os pesadelos de muitas crianças depois de “História sem fim”

Areia movediça a clássica cena da areia movediça!

Enfim, apesar de não ter conseguido acompanhar os ótimos comentários do monsterdon em tempo real com o filme, ainda assim foi uma experiência muito divertida. E apesar do final “e viveram felizes para sempre”, basta dizer que o grupo que restou no final foi bem reduzido, e que não pouparam matar integrantes do grupo dos heróis.

Pontos altos

  • um filme realmente divertido
  • uma arma interessante
  • bons efeitos práticos e maquiagem

Pontos fracos

  • Alguns personagens são irritantemente canastrões
  • praticamente não há personagens femininas
  • Efeitos visuais datados podem desagradar alguns

Uma boa diversão da safra de 1983

Krull tem 52% no pipocometro do Rotten Tomatoes Artigo do filme na Wikipedia

#monsterdon #krull #filme

Poucos filmes são tão dignos do título rídiculo desse post quanto Laserblast, um daqueles filmes que deve ter sido um clássico a tarde em algum canal esquecido da TV, se é que alguém se deu ao trabalho de dubla-lo. Provavelmente alguém teve, pois ele tem o pouco inspirado nome de Alienígenas na Terra.

—==SPOILERS==—

O filme, cujos os primeiros diálogos só começam lá pelos 10 minutos de filme é sobre uma espécie de arma laser que só atira se o seu usuários também estiver usando um colar alienígena bem brega. Aparentemente o tal colar é uma bateria ou coisa que o valha. Após derrotar uma espécie e zumbi, uns alienígenas que mais parecem tartarugas sem casco acabam indo embora e deixando a arma para trás.

uma tartaruga alienígena sem casco atrás de uma estrutura metálica segurando uma arma Que tartaruga ninja o que? O meu nome é Zé Alien!

A arma é encontrada por um adolescente incapaz de usar uma camisa sem que esteja aberta. Para sua infelicidade, ao usar a arma e o colar ele também acaba se tornando uma espécie de zumbi de cara verde, que ataca seus desafetos durante a noite.

Obviamente ele não é o único atrás da arma, também temos alguma espécie de agente governamental, cujo o trabalho e desfilar com ternos e pasta, sem parecer estar fazendo nada muito específico.

O filme é terrível em quase todos os apectos possíveis. Temos péssimos efeitos especiais, péssimos personagens, péssima trama e péssimos atores. Felizmente, os diálogos são relativamente escarços, mas igualmente insignificantes durante o decurso do filme. Eu me pergunto qual foi o pitch utilizado para financiar uma coisa dessas

um adolescente caminha em uma estrada de terra, cercada por uma vegetação de arbustos com uma estranha arma encaixada no braço Graaaah

Perto do fim, nosso protagonista de peito desnudo inicia uma sessão de destruição da cidade (o que é estranho, pois antes o cenário era basicamente deserto. Imagino que devam ter reaproveitado algum cenário que estava dando sopa nos classificados) com seu laser, acompanhado de algo que só pode ser chamado de dança contemporãnea, já que a cada disparo ele inicia uma sequencia de remelexos e sacudidelas.

No fim, o mundo é salvo pelas misteriosas tartarugas em casco, enquanto a namorada tenta restaurar o caído protagonista, acompanhando pelo bacana de terno do governo, do qual nunca sabemos qual serão as verdadeiras intenções. Curto histórias que deixam o final aberto, deixando ao espectador decidir e imaginar o destino dos personagens. Não é o caso nesse filme, parece que o diretor simplesmente gritou “corta” e o editor encaixou os créditos, antes que tivesse que lidar com esse desastre mais uma vez.

Pontos altos

  • Não é um filme longo
  • o chefe das tartarugas espaciais tem um belo amuleto de fazer inveja a qualquer rapper

    Pontos baixos

  • Uau, se eu fosse fazer essa lista, o que eu esqueceria de elencar? Coloque o filme inteiro aqui!

Enfim, assista com um grupo de amigos para zoar, é a unica forma de aproveitar esse filme

Laserblast tem 15% no popcorn meter do Rotten Tomatoes

Assista Laserblast no Internet Archive

#monsterdon #laserblast

Na minha família, já tem alguns anos adotamos a prática de fazer um amigo-oculto de desapegos, e num misto de casas muito entulhadas, dificuldades financeiras, filhos e sobrinhos para presentear, acabamos trazendo a prática que já tinhamos entre amigos para a família. Com mais regras, claro. Ninguém queria receber uma lata de cerveja vencida (como já ocorreu entre o antigo evento que faziamos com os amigos. Talvez por isso ele não ocorra mais).

Enfim, em um destes natais fui presentado pelo meu irmão com Pequenos incêdios por toda a parte de Celeste Ng. Apesar da recomendação deste irmão que havia colocado o livro para jogo, foi uma leitura que adiei por um tempo, em parte por realmente ter perdido a prática da leitura, em parte por estar usando todo o tempo de leitura que eu dispunha (não é muito quando se tem três filhos, a mais velha recém na pré-aborrêcencia) a ler os livros do querido Pedro Oli.

Depois de o livro ficar me provocando durante esse tempo de estante, resolvi finalmente lê-lo, até porque já estava ficando de olho para coloca-lo para rodar em um natal próximo. Então, com alguma motivação iniciei a leitura junto com o ano novo.

Capa de "Pequenos incêdios por toda a parte" de Celeste Ng

Admito que demorei a engatar. A história, sobre a qual pretendo falar o mínimo para não soltar spoilers é sobre duas mães e suas respectivas famílias morando em um daqueles subúrbios americanos de classe média alta que só o excesso de TV nos fez conhecer. A medida que a história se desenrola ali em meados dos anos 90, com aquelas limitações que tinhamos até então, uma vida antes de smartphones e internet, vamos acompanhando como os dois mundos diferentes dessas mães vão acabar se colidindo.

Sinceramente, achei o inicio a história bem lento, e continuei a leitura pela profunda necessidade de terminar de ler, de tentar deixar aquilo para trás. demorou um pouco mas acabei sendo lentamente fisgado pela história, o que dá um paralelo interessante de que a medida que as famílias iam interagindo e se embolando ia aumentando o meu interesse nessa história.

Acabei de termina-lo e realmente gostei muito. Apesar do inicio lento, o final foi ágil, e deixa algumas coisas no ar para o leitor resolver. Gosto desses finais abertos. A vida no final das contas é assim né? A gente começa a acompanha-la de um determinado ponto e temos ali uma estreita imagem de como as coisas realmente acontecem, pelo menos para a maioria de nós. Os teóricos do conspiracionismo alien-iluminati-reptiliano que fiquem a vontade de discordar.

Não foi um livro perfeito, eu mesmo acho que algumas coisas não me pareceram muito reais, mas foi uma leitura agradável, especialmente da metade para o final, como já citei. Dá um gostinho de “quero mais” de saber mais um pouco o que aconteceu com todos os personagens no final.

Achei interessante que foi uma história especialmente feminina, não exatamente de maternidade em sí, apesar do protagonismo principal das duas mães, mas da multiplicidade de personagens femininas. Sendo homem é sempre bom ter uma visão desse universo que não conhecemos o bastante, não importa o esforço.

Escrevendo essas toscas linhas, me dei conta de que o livro foi uma minissérie em algum streaming. Talvez valha a pena assistir um dia, ou talvez o ideal seja ficar com as imagens mentais que a minha cabeça fez do livro. Em todo caso, é uma leitura recomendada, caso tenha a oportunidade de topar com ela por aí, quem sabe num amigo-oculto de desapego

#leitura #PequenosIncendiosPorTodaAParte #CelesteNg #opiniao #livros

No ultimo #monsterdon assistimos mais um filme britânico de terror dos anos 50/60. Depois das experiências de assistir filmes como “Devil Girl from Mars” e “Stranger from Venus” eu meio que me acostumei a esperar filmes lentos e em que o monstro demora a aparecer. “Cat Girl” não é exceção a regra, infelizmente. Como de costume, fica o alerta de spoilers daqui pra frente. Neste filme, a protagonista (Leonora) volta para a casa ancestral de sua infância, onde seu tio mora para receber sua herança, o que incluí uma maldição, ser possuida pelo espirito de um leopardo.

Como é que é o negócio?

Pois é, dinheiro, uma bela casinha, muitas bugigangas e ser possuído por um grande gato, o pacote completo. Eu me pergunto porque uma família ancestral inglesa seria possuida pelo espirito de um leopardo. Não me lembro, mas acho que esse animal não seja nativo das ilhas britânicas. Vai ver foi algum item ~roubado~ adquirido para fins de pesquisa arqueológica da mãos de nativos barbáros que tenha trazido de bônus essa maldição.

Enfim, Leonora é acompanhanda por uma entourage que incluí seu marido, que a traí com a melhor amiga, e mais um cara, que eu não sei se é corno da melhor amiga, mas que é um baita beberrão que adora um piano. Felizmente, assim que Leonora adquire sua maldição, um das primeiras vítimas é o marido.

Leonora mãos de pantera Aparentemente, isso era para serem mãos humanas se transformando em patas de leopardo. Só nos anos 80 vamos ter algo como manimal

A partir daí, quando a gente se empolga com esse primeiro ataque e belas cenas do leopardo, a coisa anda devagar. Leonora é apaixonada por um psiquiatra, amigo de infância que já está em um casamento, e que tem um método de tratamento psiquiatrico invejável. Ele sacode a pobre Leonora, talvez na esperança de que seus supostos problemas psiquiatricos de estar se achando possuída por um espirito felino possam ser afastados com algumas sacudidelas e um eventual tapa. Enfim, a misoginia do fim dos anos 50.

Leonora e um passaro na gaiola Leonora, comer o pet dos anfitriões pode tornar você mal-vista na rígida sociedade britânica

Após seu “amigão” psiquiatra sugerir uma internação no manicômio, onde temos uma sensacional cena de transformação, que ~faria inveja~ com direito a uma quase fantasia furry de pantera (peraí, não era espirito de leopardo?) Leonora é convencida pelo mesmo para ficar na casa dele, vivendo em Londrees em companhia dele e sua esposa.

Obviamente, Leonora nesse ponto já abraçou a maldição e resolve, por que não?Matar a esposa do amigo, que ela sente ser uma rival. Não vou me dar ao trabalho de explicar o filme tim-tim-por-tim-tim, acredito que voce também deve passar por esse saudável sofrimento, como eu, mas posso dizer que em quesito de filme, já tive cochilos na rede mais animados.

Enfim, não restou muito o que dilapidar nesse filme, então vamos as conclusões

Pontos altos

  • Um belo figurino
  • Dá pra notar a mudança na protagonista, conforme ela aceita a sua maldição

Pontos baixos

  • Lento. É como se o tempo tivesse pés de chumbo e andasse engatinhando
  • A misoginia reina solta

Cat Girl tem 14% no popcorn meter do rotten tomatoes

#monsterdon #CatGirl

Recentemente perdi meu servidor principal de casa. Os discos do pool zroot estavam ruins, e quando fui trocar um, puf, a máquina parou de dar boot. Retornar os discos anteriores não dava muito resultado, já que a máquina ficava trava em erros de discos. Acho que consegui uma falha em ambos os discos do pool zroot, parabéns para mim.

Esperançoso que o pool onde realmente estão os dados estava intacto, comecei a tarefa de tentar recuperar tudo. Felizmente, dada situações pregressas, eu tinha pelo menos alguma idéia de quais os discos realmente estavam envolvidos no pool que queria recuperar.

Desde o meu post anterior sobre zfs, comecei a usar a boa prática de adicionar os discos pelo seu número serial, conforme estão em /dev/disk/by-uuid em vez de usar os clássicos /dev/sdX ou coisa assim, que as vezes mudam a qual disco se referem. Pelo menos comigo, aconteceu mais de uma vez.

Enfim, após reinstalar o sistema em um disco a parte (resolvi por enquanto abandonar a idéia de ter o root em zfs) começa o trabalho de descobrir quais discos fazem parte do pool e remonta-lo Após preparar o novo sistema para o zfs e adicionar alguns discos do pool antigo, um simples zpool import começou a me encher de esperança

  pool: dados
     id: 1176411848024315794
  state: DEGRADED
status: The pool was last accessed by another system.
 action: The pool can be imported despite missing or damaged devices.  The
	fault tolerance of the pool may be compromised if imported.
   see: https://openzfs.github.io/openzfs-docs/msg/ZFS-8000-EY
 config:

	dados                          DEGRADED
	  raidz1-0                     DEGRADED
	    ata-ST32000644NS_9WM7LQT3  ONLINE
	    ata-ST32000644NS_9WM7N07E  UNAVAIL
	    wwn-0x5000cca224c5ea5c     ONLINE

Otimo, o pool estava lá. Com um disco a menos, mas estava lá. A partir daí, um zpool import dados -f fez o trabalho de deixar o pool disponível.

agora, para substituição do disco ausente, coloquei o pool offline com zpool offline dados ata-ST32000644NS_9WM7N07E e depois um zpool replace dados ata-ST32000644NS_9WM7N07E /dev/disk/by-id/ata-ST32000644NS_9WM7KY7S como sempre, tomando cuidado para usar o /dev/by-id para evitar que os discos se movimentem para um outro /dev/sdX em alguma manipulação futura dos cabos.

dessa forma, só bastou fazer um zfs mount -a e pronto, os datasets estavam montados e disponíveis.

Agora é configurar snapshots e backups para não precisar contar com a sorte no próximo incidente :)

#zfs #debian #recovery

Não, esse não é um título do extinto Notícias Populares ou de algum outro tablóide de pseudo-notícias, mas é o meu sucinto resumo para o filme de ontem do monsterdon: “Yeti: Gigante do Século 20”. Este sim, de fato uma produção global: Filme italiano, filmado no Canadá, (mal) dublado em inglês e, no meu caso, com legendas em português.

Poster do filme

Como sempre, fica o aviso de que vão haver spoilers apesar de estarmos falando de um filme de 1977.

Em fim, o filme conta a história de uma expedição patrocinada por um magnata bonachão (talvez o precursos de bilionários) que financia uma expedição para estudar uma criatura humanoide gigante encontrada congelada em um bloco de gelo.

E ainda não chegamos na parte pseudo-científica ainda! A criatura, chamada de Yeti pelo professor que chefia a expedição é encontrada em um bloco de gelo na costa ártica do Canadá. É tomado todo o cuidado para reviver a criatura, que segundo o professor está acostumada a um clima mais próximo do Himalaia. O Engraçado é que pra uma expedição científica a um bocado de gente avulsa participando.

Acompanhando o professor, temos os irmãos Herbie e Jane, criados pelo avô ou tio milionário (confesso que não prestei tanta atenção nessa relação de parentalidade). Herbie se tornou mudo após ficarem orfãos, e, por incrível que pareça, ele realmente não recupera a voz em momento algum do filme. Eu achava que isso ia ser um baita Pistola de Chekhov. Sei lá, talvez o ator fosse mudo mesmo ou tenham esquecido isso durante a produção...

nas mãos do Yeti

A partir daí temos um espetáculo de efeitos especiais práticos, que certamente foram inspirados em muitos filmes de Godzilla. Desde o simpático helicoptero de brinquedo de controle remoto, trechos com velocidade aumentada ou mesmo revertidos, péssimas pinturas matte em cenários e uma roupa peluda. O maior destaque é para o mamilo inflável do Yeti

mamilo vazio

mamilo cheio

O Yeti é realmente a estrela do filme, desde os rugidos raivosos a cara de inocente, as viradas para olhar para trás à lá garota coppertone e até a incrivel cuspida mágica, que revive a Lassie genérica do filme (o que melhorou um pouco minha opinião sobre o filme, já que a violência gratuita que o animal sofreu de um vilão foi revoltante). Inclusive, o Yeti deve ser uma criatura realmente mágica, pois o tamanho dele é inconsistente durante todo o filme. As vezes parece tão grande quanto o King Kong, as vezes consegue ficar de pé dentro de um armazem. Tudo bem, é tudo grande, mas é surpreendente como esse gigante peludo consegue rapidamente se esconder quando o roteiro assim torna necessário.

![yeti com olhar perdido] (https://media.hachyderm.io/cache/media_attachments/files/114/175/472/896/611/079/original/082a13733f0741e7.png) “Yeti ou Jesus?”

E como não bastasse a trilha sonora que varia entre o grandioso (teve até uma música original “Yeti”, cantada pelo grupo “Os Yetians”), ao mediocre, beirando o soft-porn, o que combina com vários takes em que mostram o Yeti de costas, com as pernas abertas, em que ele parece querer chocar a tradicional família franco-canadense com suas peludas partes pudendas.

yeti posa coppertone “Só faltou o cachorro puxando a sunga de texugo” Enfim, no quesito filme horroroso, é diversão garantida

Pontos altos

  • Mamilos do Yeti;
  • A atriz principal é realmente bonita;
  • Filme leve e divertido;

Pontos baixos

  • Qual é a dos vilões?
  • Trilha sonora sofrível;
  • Policia de Toronto só tem dois carros amarelos, suspeito que sejam taxis reaproveitados;
  • Podem se decidir em qual a altura do Yeti?

carro de polícia amarelo “Para servir e proteger, com o taximetro rodando!”

Yeti no IMDB 19% no popcorn meter do Rotten Tomatoes

#monsterdon #Yeti

Logo antes da pandemia me descobri hipertenso. Sentia tonturas e dores de cabeça no trabalho durante alguns meses, sem que melhorassem. Finalmente resolvi ir ao médico. Junto com o diagnóstico, descobri mais uma coisa que me afligia: Ansiedade.

Não que esse fosse um sentimento recente. Dese o acidente do Gol com o jato Legacy, ainda em 2006, tinha desenvolvido um pavor ferrenho em voar, perdendo boas oportunidades de férias. Vindo os filhos, me vi numa sinuca de bico: Crianças detestam viajar de carro. As minhas mal suportam longos trajetos dentro da cidade, quanto mais ficar 10, 12 horas em um carro fazendo road trips, ou pelo menos com esse nome eu me enganava de que não havia problema, e que viajar de carro era mais divertido. Não me leve a mal, adoro viajar de carro ainda, mas com crianças, o buraco é mais embaixo...

Enfim, voltando ao assunto, junto com o diagnóstico de hipertensão descobri a ansiedade com saúde. Não se encaixa com hipocondría, pois não me vejo viciado em doenças. De fato, qualquer dor-de-cabeça ou mal estar podem ativar em mim um estado de desespero que me deixa gelatinoso. Logo me imagino recebendo os mais terríveis diagnósticos, de câncer no cérebro, poucos dias de vida, ou uma longa e sofrida internação que botaria eu e meus familiares em frangalhos. Caramba, só de pensar nisso já me passa um arrepio pela pele.

De fato, trato o problema tanto com ansiolíticos quanto terapia a uns bons anos. Existem períodos bons e ruins. Felizmente, os bons tem prevalecido sobre os ruins em grande parte, mas quando os ruins aparecem...

O mais recente foi durante uma viagem de férias. Subitamente senti uma baita tontura. Ficar deitado era pior do que ficar em pé. Consegui gerenciar a situação até o dia seguinte, em que voltariamos para casa. Me vi constantemente tentando medir a pressão e os batimentos, em busca dos sinais que fatalmente marcariam meu fim. Graças a uma esposa, prevenida e compreensíva consegui esperar a consulta que ela tinha marcado para o próximo dia útil.

Na consulta, a médica me examina e olhava meus olhos com atenção, me girava a cabeça e acompanhava a direção em que meus olhos iam, pedia para eu acompanhar seu dedo somente com os olhos. Mesmo ela sendo otorrina, logo me imaginei recebendo o diagnóstico “é neurológico.” e logo eu teria um piripaque como o do Chaves.

Para o meu momentâneo relaxamento, a médica muito antenciosa disse tratar-se de pequenos cristais dentro do labirinto, no ouvido que haviam se deslocados. Cristais? Nem sabia que tinha isso lá dentro!

Enfim, ela disse que faria uma manobra, e que em 24 horas eu deveria experimentar alguma melhora. Saí de lá razoavelmente satisfeito, comentado com a minha esposa como minha ansiedade me pregava peças e como eu tive de usar todo o arsenal que minha terapeuta cognitiva-comportamental me havia passado para lidar com as crises: respirações profundas e a descrição em voz-alta de um objeto, tudo para me tirar do loop de pensamentos e tentar me trazer de volta para algo que possa ser classificado de “normalidade”

Enfim, aqui estou eu algumas horas depois já com minha ansiedade me comendo por dentro com o infâme “e se...?”. “E se eu não melhorar?”; “E se for algo mais grave?”, entre outras coisas.

Quem tem ansiedade sabe como é dificil lidar quando a crise bate. Tentamos racionalizar coisas óbvias, como “o avião é um dos meios de transportes mais seguros do mundo”. Ainda assim, nossa ansiedade sobe pela espinha, toma conta de nossos pensamentos, nos impede de viver o dia-a-dia, e ficamos antecipando algo que pode ou não ocorrer, e que na maioria das vezes está fora do nosso alcance. E como não tenho dinheiro para viajar de avião, isso normalmente bate forte em mim na saúde.

É quase cômico, se não fosse trágico se sentir desse jeito. Mesmo fazendo terapia e meus exercícios, muitas vezes me vejo perto de perder o controle, considerando sinceramente se devo ou não botar um alprazolam para dentro.

Enfim, se você se sente assim como eu, não deixe de fazer terapia. É um remédio demorado, e depende muito mais do nosso esforço do que qualquer coisa, e a verdade é que você nunca sabe se um dia vai conseguir deixar de fazer, mas, na minah experiência, tem sido vital para suportar o dia-a-dia nesse mundo cada vez mais odioso em que vivemos.

Assim, tento focar em coisas simples. Usar menos telas (o que é o mais díficil), e, quando estou nelas, tento focar no trabalho. Evito notícias, curtindo um JOMO (Joy Of Missing Out) ou seja, curtir estar por fora. as vezes me vejo lutando contra a ansiedade me entupindo de velhos episódios de podcast de humor, mas o que realmente resolve são atividades prazeirosas. Viajar com a família, mesmo tendo essa crise de equilíbrio, valeu a pena. Cuidar das crianças, encarar um hobby ou simplesmente cuidar da casa podem ser fontes de pequenos prazeres que te ajudam a encarar o dia-a-dia sem a sensação de que você está lutando para manter o controle.

As vezes me pergunto se um dia vou estar normal novamente, o que quer que isso signifique. Sinceramente não sei. Por mais difícil que seja, prefiro torcer pelo melhor.

Cuide-se você também.

#saude #saudemental #ansiedade #hipocondria #vida #reflexao

Uma nova versão dos arquivos source.list, no modelo chamado deb822 está em curso no #debian. Eu fiz recentemente a atualização em um Debian Trixie. Tudo teria dado certo, exceto pelo erro abaixo

Notice: Missing Signed-By in the sources.list(5) entry for 'http://deb.debian.org/debian'

Humm. teria eu feito algo de errado?

Resolvi dar uma olhada nos novos arquivos de source.list gerados, agora presentes em /etc/apt/sources.list.d/

Logo encontrei o erro no arquivo debian-backports.source:

# Modernized from /etc/apt/sources.list
Types: deb deb-src
URIs: http://deb.debian.org/debian/
Suites: trixie-backports
Components: main contrib non-free non-free-firmware
Signed-By: 

O campo Signed-By: havia ficado em branco. Ao fuçar um pouco no site do debian, achei isso, sugerindo que preenche o campo com /usr/share/keyrings/debian-archive-keyring.gpg

Feito isso e pans, problema resolvido :) vamos esperar que isso seja corrigido no modernize-sources antes do lançamento do Debian Trixie

#debian #apt #modernize-sources

Este sim, teria sido um bom título para a versão brasileira de C.H.U.D, o mais recente filme que assistimos pelo #monsterdon em vez do subtítuto “A Cidade das sombras”. Não é lá o pior subtítulo que já inventamos por aqui. Ah sim, aviso de SPOILERS daqui pra frente. Não muitos, mas alguns.

O filme em questão se refere a C.H.U.D como uma sigla para Cannibalistic humanoid underground dweller. O que não é lá totalmente verdade, como o filme explica mais a frente. Os seres são criados pelo lixo tóxíco e rejeitos nuclear despejados secretamente nos esgotos da cidade.

Daí somos apresentados aos protagonistas do filme. Um é um fotográfo bem cuzão com a namorada modelo, mas que tira fotos dos mendigos da cidade que se escondem em tuneis de metrô (esses, humanos normais), outro é um dos bandidos molhados de “Esqueceram de mim” interpretando um cara que organiza sopão para os mendigos, e o terceiro um capitão de polícia em busca da esposa desaparecida.

De longe, o melhor desses é o ator de esqueceram de mim, que está meio alucinado no papel, mas é o que mais convence. O fotografo cuzão entra na história ajudando a pagar a fiança de uma conhecida mendiga, e o capitão de polícia entra tentando descobrir porque as pessoas estão sumindo naquela região, incluindo sua esposa e porque a polícia não quer que os crimes sejam investigados.

Mendigo, mas invocado Mendigo, mas invocado

Não é lá um grande filme, mas mostra de alguma forma como mendigos são ignorados pelas pessoas, morando em buracos asquerosos que as pessoas esqueceram que existem, e como quem tenta ajuda-los pode ser achacado pelas autoridades (qualquer semelhança com a realidade e puro acaso, certo São Paulo?)

Enfim, esse é o ponto alto da crítica social que o filme tem, daí pra frente é ladeira abaixo! Logo os mutantes começam a puxar tudo o que pode servir de comida para os esgotos. Para mutantes canibais, eles até deixam muitos pedaços sem aproveitar. Talvez sejam muito específicos com o que querem comer, vai saber.

Capitão e o Bandido Molhado refletem sobre o sumiço de mendigos Capitão e o Bandido Molhado refletem sobre o sumiço de mendigos

As fantasias dos mostrengos são até boas. Unhas imensas, olhos que brilham, sangue verde e bocarras que são rasgos cheios de dentes. A trilha sonora e roupas exalam anos 80, datando bem o filme. A trilha sonora inclusive é uma loucura a parte, pirando toda vez que um dos mutantes aparecem. Não dá pra saber o que o músico queria, mas a sensaçã é que ele caiu de uma escada com todo o seu equipamento ligado.

Pronto para ouvir a palavra do CHUD? Pronto para ouvir a palavra do CHUD?

Pontos altos

  • História de origem de um dos bandidos molhados de Esqueceram de mim;
  • Bons monstros e efeitos práticos pra lá de razoáveis pra média do #monsterdon;
  • Uma pontinha de um John Goodman cheirando a leite perto do fim;

Pontos baixos

  • Trilha sonora é uma bagunça;
  • O Fotógrafo, um dos protagonistas fica meio perdido na história e é um baita cuzão com sua parceira;
  • Deixa gancho para uma continuação (que segundo a wikipedia, infelizmente existe)

C.H.U.D na wikipedia Classificação 40 no Rotten Tomatoes

#filme #monsterdon #CHUD #opiniao

Antes de mais nada, ao contrário dos filmes que normalmente posto aqui, essa é uma obra relativamente recente, então esses parágrafos abaixo podem conter spoilers.

Sabe como é vida em casal com três filhos. Dificilmente assistimos um filme, ainda mais juntos e de uma vez só. Minha ultima proeza foi finalmente ticar um item que já rondava minha nerdisse de ser um aspirante a jogador de RPG e assistir o filme do Dungeons e Dragons: Honra entre rebeldes. E não me refiro ao intragável filme dos anos 2000 ou suas continuações. Me refiro a este ultimo, de 2023 com o “Kirk da nova geração” Chris Pine.

elenco

Devo admitir que o filme estava em minha “lista” há algum tempo, mas nunca tinha animado. Parecia longo demais, engraçadalho demais. Enfim, tomei coragem e 3 dias depois terminei de assistir. não porque seja realmente tão longo. Como citado anteriormente, sou pai de três e ver filme em uma sentada só é um luxo que só me permite uma sala de cinema, quando muito.

Enfim, me diverti muito. A junção de fantasia medieval, grande golpe e humor funcionou bem. Não é o filme para quem não curte piadelas, e são muitas, espalhadas por todos os lados, desde a deliciosa fleuma golpista do personagem de Hugh Grant, a insegurança do mago a la Presto chegando até o grande dragão gordo, que apesar de perigoso, é tão pesado que mal consegue voar.

Conheço essa galera de algum lugar

É um filme que passa rápido, apesar das 2 horas e pouco de duração. Bons efeitos especiais, apesar de que alguns, principalmente quando tentáculos envolvem os personagens, ficarem bem evidentes como computação gráfica (ou assim me parecerem) é um filme ágil e leve, uma bom respiro de bom humor em um gênero que tem se levado a sério demais com “Guerra dos Tronos” ou “Aneis do Poder”. Não é um filme inesquecível, e aparentemente não vai iniciar uma franquia de filmes (o que por si só já é um alívio), mas é uma excelente diversão, tendo você assistido ou não “Caverna do Dragão”, inclusive com um pouco de fan service nesse sentido com um grupo suspeitamente parecido, exceto pela ausência da Uni.

Nesse sentido, filme é recheado de easter eggs para quem é ou foi jogador de D&D

Pontos positivos – Humor leve e ação constante – fan service com caverna do Dragão – o elenco parece se divertir no filme

Pontos negativos – As vezes parece que muita coisa acontece de uma só vez. – Esperava um embate final um pouco mais emocionante e sofrido entre os personagens e a vilã. – ando cansado de Chris Pine

Dungeons e Dragons: Honor among thieves na Wikipedia Classificação no Rotten Tomatoes

#filme #opinião #DandD #DandDHonorAmongThieves